Ser errante em cada esquina,
Sem abrigo que por amor sempre vagueia.
Sou anjo desnudado perdido em cada travessa encontrada.
Faço da revolução o meu tecto,
da prosa o meu lar,
e hoje sou rosa que não desabrocha pelo medo de (me) amar.
Sou espinhos que te rasgam sem sangrar,
Sou o luto e sou a luta,
Vida e esperança,
por que tu tanto anseias encontrar.
Sou o morto que pelo amor morreu,
poesia dos teus fantasmas.
Procuras-me em cada viela,
e de par em par eu corro
imobilizada pelo medo de voar — pássaro ferido que já não mais canta,
Assoberbada por um mundo que já não mais é meu.
Tentas alcançar-me, mas escapo-te por entre os dedos.
Desvanecendo por entre as cinzas daquilo que um dia fui eu.
Mas, por fim,
Renasço.
...Enquanto para sempre o teu nome grafito por cada beco onde me perco.
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Que se sintam tão em casa, como eu aqui me sinto. ♥