Gostava de poder dizer que acabou, que determinado dia e evento marcou o "nosso" fim.
Mas não é assim. Nunca assim foi e duvido de que algum dia assim o seja.
Sinto a tua falta.
Sinto-a desde o dia em que partimos para destinos diferentes, mas que insistem em se cruzar de certa forma.
Gostava que voltasses.
Talvez assim as noites voltassem a ser noites de descanso, em vez de madrugadas de lágrimas e destes pensamentos que me sufocam. Que tanto me iludem, como tanto me encantam.
Talvez, se voltasses, os meus desabafos nas margens dos meus cadernos de devaneios fossem outros; fossem mais felizes e menos melancólicos, nostálgicos.
Talvez as cartas que acrescento a todas as palavras que nunca te direi, não fossem estas. E fossem apenas belas e ridículas palavras de amor, carinho e afecto. Que em vez de pedir que voltasses, pedisse que ficasses. E que nelas relembrar-te-ia os grandes momentos que perdemos neste tempo um sem o outro.
Tentei esquecer-me de ti. Tentei esquecer teu nome, a cor dos teus olhos e a ternura da tua voz. Tentei esquecer-me das palavras meigas, das frases que me abraçavam. Gosto de pensar que quase consegui, apesar de saber que assim não o foi. Gosto de pensar que o teu sorriso não me faz apaixonar mais e de novo.
Gosto de pensar que o teu toque não arrepia mais a minha pele. E que as nossas memórias já não mais me perseguem. Que já não morro, cada dia um pouco mais, desta saudade por ti. - sempre gostei de me iludir - Mas, uma vez mais, gosto de pensar que, talvez, tu também sintas a minha falta. E que desejas da mesma forma, que, um dia, tenhamos tudo aquilo que o presente nos está a roubar.
Se estiveres a ler isto,
Por favor volta.
Por favor volta.
Interessante... E ao mesmo tempo, estranhamente familiar... It hurts.
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